Analista de mercado Enio Fernandes, aborda competitidade do milho e da soja invernais

O grupo financeiro FC Stone divulgou que a produção total de milho no Brasil está subindo de 73 para 75,5 milhões de toneladas. O motivo aparente é o ganho de produtividade de segunda safra do cereal. Entretanto, em entrevista ao programa Mercado e Companhia, o analista de mercado Enio Fernandes declara que os preços não têm subido, já que a exportação tem deixado a desejar.

– Nossos números de exportação ainda estão baixos. A projeção para o mês de julho é de 600 a 700 mil. Neste mesmo mês do ano passado, era de 780 mil – afirma.

Diante desse cenário, ele afirma que é necessário se adequar a uma dinâmica específica de mercado para emplacar os resultados do inverno. “O produtor precisa ser muito mais cauteloso com a safrinha do milho. Como ele fez investimentos altos, tem que trabalhar protegido e arriscar muito menos. Ela é pontual, então tem que ter uma gestão espartana: comprou, vendeu, comprou, vendeu. E especular muito pouco”, orienta.

Também houve queda do preço da soja na bolsa de Chicago, reguladora dos preços do cereal. Assim, aumenta a dificuldade do produtor definir a hora de vender sua produção, com a cotação do buschel se aproximando de US$ 4,00. De acordo com Fernandes, esta é mais uma safrinha cuja obtenção de lucros depende da cautela.

 

– A soja é um mercado que oferece muitas oportunidades. No caso da safrinha, que tem muito volume concentrado em um período muito curto de mercado e vem junto da safra americana, as oportunidades de mercado são menores –, finaliza.

Fonte: Canal Rural