Anvisa quer reduzir quantidade de iodo no sal brasileiro
De acordo com a agência, há indícios de que o consumo excessivo de iodo possa aumentar os casos de uma doença autoimune caracterizada pela inflamação da tireóide
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quinta-feira (7/7) uma proposta para reduzir o teor de iodo no sal comercializado em todo o país. Atualmente, a quantia considerada própria para consumo humano varia entre 20 miligramas (mg) e 60 mg de iodo para cada quilo de sal. Por meio da consulta pública nº 35, a Anvisa propõe que o percentual fique entre 15 mg e 45 mg.
De acordo com a Anvisa, há indícios de que o consumo excessivo de iodo possa aumentar os casos de Tireoidite de Hashimoto, doença autoimune caracterizada pela inflamação da tireóide e provocada por um erro no sistema imunológico. Os principais sintomas incluem fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a quantidade de iodo para cada quilo se situe entre 20 mg e 40 mg nos países em que a população consome uma média de 10 gramas de sal por dia. Dados do Ministério da Saúde indicam que o brasileiro consome, diariamente, 9,6 gramas de sal, mas o consumo total pode chegar a 12 gramas quando levados em consideração alimentos processados e consumidos fora de casa.
O processo de iodação do sal é uma medida adotada em todo o mundo com o objetivo de prevenir os chamados distúrbios por deficiência de iodo (DDI), que incluem retardo mental grave e irreversível e surdo-mudez em crianças, anomalias congênitas e bócio.