Clima favorece o desenvolvimento da Ferrugem Asiática nas lavouras de soja do país
Chuva registrada no último fim de semana não alterou o quadro de seca no Sul
O grande entrave às lavouras de soja está sendo o elevado índice de infestação da ferrugem asiática, já que as temperaturas mais amenas estão levando a uma infestação com, pelo menos, 79 focos da doença no país.
A previsão é que esse número aumente rapidamente na próxima semana, já que voltou a chover no Paraná e no Mato Grosso do Sul, e em São Paulo a soja está na fase mais suscetível da doença.
Reflexos do tempo nas lavouras de soja
Mesmo com a passagem de uma frente fria sobre o Sul do Brasil na última semana, foi registrada pouca quantidade de chuva nas principais regiões produtoras de soja do Rio Grande do Sul, o que não reverteu o grave quadro de seca que atinge o Estado desde dezembro.
Apenas em poucas regiões, como nos arredores de Frederico Westphalen, foram registrados volumes de chuvas acima dos 30 mm. Dessa forma, lavouras de soja já apresentam quebras acima dos 20%, porque 45% das plantas já estão em fase de florescimento e 8% em fase de enchimento de grãos.
Nos outros Estados da região Sul, as chuvas da última semana auxiliaram na elevação dos níveis de umidade do solo e, consequentemente, ao desenvolvimento das lavouras.
Em algumas lavouras do Paraná, as perdas já chegam aos 40%. Em Mato Grosso e Goiás e nas regiões produtoras de São Paulo, são as intermitentes chuvas que afetam as lavouras de soja, pois muitos produtores não estão conseguindo ir a campo e realizar a colheita.
Algumas regiões ao norte da Bahia também vêm sentindo os efeitos da estiagem, mas com perdas bem menores que no Rio Grande do Sul, não atingindo os 3%.