Confinação de gado de leite reúne produtores da cooperativa

Confinação de gado de leite reúne produtores da cooperativa Confinação de gado de leite reúne produtores da cooperativa

A Cotrifred reuniu nesta semana, produtores de leite que já trabalham e também os que estão em fase de implantação do sistema de confinamento para gado de leite, apresentando informações sobre nutrição para rebanhos leiteiros confinados bem como, custos de produção. O encontro ocorreu na Afucoper e foi encerrado com almoço e oficinas.

Proporcionar conhecimento aos produtores, no momento em que a Cotrifred dá início à construção de mais um braço da cooperativa – o laticínio –, é um dos compromissos assumidos pela instituição para incentivar quem é associado e fornecedor de leite. A informação é do vice-presidente, Dari Albarello.

– Considerando que a atividade leiteira está em constante crescimento na região, onde temos pequenas propriedades, porém, grandes produtores, encontramos a necessidade de oferecer informações sobre o tema, em uma parceria com a Tortuga e a DSM. O produtor, em virtude do espaço e número de animais está adotando o sistema confinado, conseguindo aumentar a produtividade e o rebanho e, para isso, precisa de uma gestão mais eficiente. Temos associados que fizeram essa migração e tiveram aumento significativo na sua produção –, destacou.

 

Nutrição animal

 

De acordo com o médico veterinário e assistente-técnico comercial da DSM, Francisco Van Riel, a diferença básica entre a nutrição animal nos sistemas a pasto e confinado, é o uso da energia. “Quando a vaca pasta precisamos considerar a energia despendida no deslocamento. Num deslocamento moderado, com mil metros para ir e mil para voltar, o gasto de energia será de até 35% a mais. Na maioria das vezes, o animal vai buscar essa energia justamente na produção, o que gera uma redução de até cinco litros no que é produzido diariamente, por vaca”, explicou.

Também foram abordados assuntos como consumo de matéria seca, estoque de forragem, ajuste correto das dietas e uso de alimentos de qualidade. Uma das falhas que os especialistas têm observado com criadores que iniciaram há pouco com o sistema de confinamento é quanto ao planejamento forrageiro. “Normalmente, os produtores estão acostumados com o gado no pasto, então, trabalham com silagem de milho para, no máximo, cinco meses. A vaca de confinamento come mais, porque produz mais. E, muitas vezes, o produtor não tem essa noção”, alertou.

Em seguida, o mestre em Zootecnia, Frederico Trindade, falou sobre os custos de produção de leite em sistemas confinados, com uma visão mais empresarial. Já pela parte da tarde foram realizadas oficinas práticas sobre custos de produção na propriedade.

Fonte: Jornal Folha do Noroeste/ Jornal O Alto Uruguai
Imagens