Consecutivas quedas nos preços do animal vivo e da carne têm aumentado a apreensão do setor suinícola
As consecutivas quedas nos preços do animal vivo e da carne têm aumentado a apreensão do setor suinícola, de acordo com informações do Cepea. O movimento de desvalorização neste mês é contrário ao observado em março do ano passado. Em várias praças acompanhadas pelo Cepea, o recuo do suíno vivo está ao redor dos 18%, podendo chegar mesmo a 25%, como em Avaré/Fartura (SP). Diante dessas quedas, alguns produtores tendem a elevar a oferta de animais vivos. Os desentendimentos com a Argentina são outra frente que estaria pesando para o aumento da disponibilidade interna. Paralelamente, a demanda dos brasileiros por carne suína dá sinais de estar enfraquecida devido, em boa parte, aos preços relativamente baixos da carne bovina.
Entre 22 e 30 de março, os Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ seguiram em queda. As desvalorizações mais acentuadas foram verificadas principalmente nos estados do Sudeste, com queda de 8,7% no estados de Minas Gerais e de 8,6% em São Paulo - nesses estados, o quilo do suíno vivo passou a ser comercializado nas médias de R$ 2,32 e R$ 2,12, respectivamente.
Nos estados do Sul, o preço médio mais baixo na última quinta foi o do Rio Grande do Sul, de R$ 2,03/kg, o que representa queda de 6,9% em sete dias. No Paraná, o Indicador recuou 5,5% a R$ 2,08/kg e, em Santa Catarina, a queda foi de 5,1%, a R$ 2,06/kg.
Quanto à carcaça comum negociada no mercado de São Paulo, em sete dias, houve recuo de 0,8% no valor pago pela carne, que passou para R$ 3,52/kg. Para a carcaça especial, o recuo foi ainda maior, de 2,1%, indo para R$ 3,75/kg.