Cotações do suíno vivo e da carne seguem em queda no mercado brasileiro

As cotações do suíno vivo e da carne seguem em queda no mercado brasileiro, com as médias de todas as regiões consultadas pelo Cepea acumulando baixa em março. Os valores atuais, tanto do animal vivo quanto da carne no atacado, são os menores, em termos nominais, desde setembro de 2011. A desvalorização do suíno vivo e das carcaças, por sua vez, elevou a competitividade desta carne frente às principais concorrentes (de frango e bovina). Segundo colaboradores do Cepea, as recentes quedas se devem ao ritmo mais fraco da demanda no mercado doméstico, o que pode estar atrelado às baixas também da carne bovina. Já a carne de frango, mais barata, tem se sustentado mais que as concorrentes em março. Além do enfraquecimento doméstico, as exportações da carne suína estariam em ritmo mais lento, conforme relatos de colaboradores do Cepea. Do lado da oferta, suinocultores têm oferecido mais animais vivos para abate, o que pode estar relacionado ao elevado preço dos insumos e também ao receio de que a desvalorização do seu produto se acentue.

Nos últimos sete dias, entre 15 e 22 de março, todos os Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ acumularam baixa. A mais intensa, de 6,8%, foi verificada no estado de São Paulo, com o quilo do animal passando para a média de R$ 2,32. Em Minas Gerais, o recuo foi de 6,6%, a R$ 2,54/kg.

No Sul do País, o preço médio pago ao produtor nesta quinta-feira (22) em Santa Catarina foi de R$ 2,17/kg, apresentando queda de 2,3% sobre a quinta passada. Os Indicadores do Paraná e Rio Grande do Sul caíram 2,2% em sete dias, indo para as médias de R$ 2,20/kg e R$ 2,18/kg, respectivamente, na quinta.

A carne suína no atacado de São Paulo também teve queda. A carcaça comum recuou 6,4% entre 15 e 22 de março, com média de R$ 3,55/kg nesta quinta. A carcaça especial desvalorizou 5,5% no período, fechando a R$ 3,83/kg.

Fonte: CEPEA/ESALQ