Cotrifred oferece ao associado palestra gratuita com a meteorologista Estael Sias

A ocorrência do fenômeno El Niño no clima e a sua influência nas próximas safras são preocupações constantes para quem trabalha com a agricultura.  O excesso de chuva previsto para o inverno gaúcho pode atrapalhar a implementação da lavoura, dependendo da cultura, o que requer planejamento por parte do produtor rural.

Esses e outros temas serão abordados pela meteorologista Estael Sias, em palestra promovida pela Cotrifred, no próximo dia 22, na Afucoper, evento gratuito direcionado aos associados da cooperativa. “Como os próprios agricultores falam, a agricultura é uma indústria a céu aberto. Com isso, as condições meteorológicas são fundamentais durante todo o desenvolvimento da lavoura. Se o produtor tiver como se preparar para períodos de tempo adverso, poderá minimizar os prejuízos e, em muitos casos, aumentar o lucro”, explica Estael.

A profissional adianta que para os próximos períodos, já se sabe que a previsão de excesso de chuva no inverno, vai exigir o monitoramento do período de colheita e do plantio da safra de verão. “Por outro lado, o clima mais úmido diminui o risco de frio persistente e rigoroso e de formação de geada. A palestra é uma oportunidade do produtor entender como poderá se planejar diante das mudanças que estão por vir. Estamos otimistas para o verão, que terá chuva mais regular, além disso, pesquisas apontam que anos sob influência do El Niño costumam ser de super safras”, projeta a meteorologista.

O El Niño

O El Niño é um fenômeno de escala global. Trata-se do aquecimento do Oceano Pacífico Central, que deve ter, pelo menos, dois meses consecutivos para que a atmosfera comece a apresentar impactos no clima mundial. Conforme explica a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia, esse aquecimento começou em abril deste ano, quando águas mais profundas já passaram a apresentar temperatura acima da média.

– Aos poucos, essa água mais quente está emergindo para a superfície. O fenômeno tente a atingir seu pico de aquecimento entre o fim do inverno e meados da primavera, mas os efeitos não são imediatos. A atmosfera leva um tempo para reagir a diferentes intensidades de calor, portanto, o monitoramento será constante para que as projeções possam ser detalhadas quanto à probabilidade de períodos mais chuvosos e úmidos –, ressalta.

A palestrante

Estael Sias possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2000) e mestrado em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (2003). Por mais de seis anos atuou como supervisora da equipe de meteorologistas da Defesa Civil do Estado de São Paulo, pela Somar Meteorologia. Adquiriu experiência no monitoramento do tempo, avaliação de cenários de risco para emissão de alertas meteorológicos e em ministrar palestras para os órgãos que compõem o Sistema Estadual de Defesa Civil. Trabalhou no Grupo RBS atendendo todas as mídias: Rádio Gaucha, Canal Rural e RBSTV, elaborando a previsão e o monitoramento do tempo especializado, bem como ánalises climáticas para o RS e Brasil. Atualmente, é sócia da empresa MetSul Meteorologia. 

 

 

 

Fonte: Agência KS Brasil Comunicação