Dados do Cepea apontam queda nas cotações em agosto e no começo de setembro
Os valores de milho voltaram a ser pressionados de forma mais intensa no Brasil, de acordo com dados do Cepea. O grande excedente interno e as quedas nos preços externos, que resultaram em baixas nas cotações no porto, têm influenciado as desvalorizações do milho em praças do interior.
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Nem mesmo o maior ritmo das exportações tem sustentado os valores domésticos. Diante desse cenário, estimativas já apontam novas reduções da área na primeira safra de 2014/2015. Entre 1º e 8 de setembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 2,84%, fechando a R$ 21,87/saca de 60 kg nesta segunda, dia 8. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 21,33/sc de 60 kg na mesma segunda, baixa de 2,91%. Em agosto, as quedas foram de 0,6% e de 1,1%, respectivamente.
Área
No Paraná, dados do Deral/Seab indicam que a área com milho na próxima safra de verão deve ser de 572,7 mil hectares, 14% a menos que na temporada anterior e a menor área cultivada com milho verão no Estado, desde que a Secretaria começou o levantamento.
Para o Rio Grande do Sul, a Emater sinaliza redução de 5,74% na área com milho de verão em 2014/2015.
Expectativa: preço do milho deve melhorar na próxima safra
O analista de mercado Carlos Cogo falou ao Mercado & Cia desta terça, dia 9, sobre as perspectivas para o grão. Segundo Cogo, o mercado asiático será responsável por grande parte da demanda, porém, os produtores devem ter cautela no momento, pois os preços comercializados na safra atual ainda não são ideais. Apesar da pressão, há previsão positiva em relação aos valores cotados para o ano que vem.