Estiagem leva Rio Grande do Sul a assinar decreto coletivo de situação de emergência
Nesta sexta, será decidido se o documento vai ser feito de forma conjunta ou separado por regiões
A comissão composta por 19 órgãos e instituições que acompanha a situação da estiagem no Rio Grande do Sul se reuniu nesta quinta, dia 5, e confirmou a estratégia de colocar o Estado em situação de emergência por meio de um decreto coletivo. Nesta sexta, será decidido se o documento será feito de forma totalmente conjunta ou separado por regiões.
O decreto coletivo foi sugerido pela ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. O objetivo é acelerar o acesso ao ressarcimento por agricultores prejudicados. Isso evitaria que produtores de municípios que não preenchem todos os requisitos para entrar em situação de emergência, mas que estão registrando perdas, fiquem sem os recursos, segundo o secretário chefe da Casa Civil estadual, Carlos Pestana.
– Estamos avaliando os critérios de agilidade e de embasamento legal para decidir como faremos o Decreto Coletivo. Teremos a resposta nesta sexta-feira – afirma.
O titular da Casa Civil também anunciou a visita do governador em exercício, Beto Grill, ao município de Palmeira das Missões e região na próxima segunda, dia 9. A ideia é conferir no local as condições das áreas rurais dos municípios, conversar com os prefeitos e com a população e apresentar medidas emergenciais para minimizar os prejuízos com as lavouras.
– Até agora, não foram constatados problemas no abastecimento de água para consumo humano, a não ser em casos muito pontuais, geralmente em locais distantes nas áreas rurais. O maior problema, até agora, diz respeito às plantações, especialmente às de milho – informou o secretário.
Perdas podem ter passado de R$ 900 milhões no Rio Grande do Sul
Conforme informações da Agência Estado, os prejuízos provocados pela estiagem na economia do Estado chegam a R$ 870 milhões. O cálculo foi feito considerando o volume de perdas de cada cultura e a cotação média da tonelada nesta semana.