Elite do campo será apreciada pelos jurados nas pistas da feira. Evento começa neste sábado, dia 27, em Esteio (RS), e segue até 4 de setembro

Grande vitrina da pecuária do Rio Grande do Sul, a Expointer reúne o top de linha da genética animal. Seja para produzir carne, leite, lã ou proporcionar a melhor montaria, a principal feira do Estado cumpre a cada ano um papel crucial na seleção das mais diferentes raças. Ao apontar os melhores, indica o caminho a ser seguido pelos criadores no desafio sem fim de obter sempre filhos melhores do que os pais. Nas pistas da Expointer, que nasceu e ganhou fama pelo brilho dos animais, mais uma vez a elite do campo será apreciada pelos jurados. Atentos, esquadrinham o biotipo de cada concorrente, fruto da seleção iniciada décadas – ou até séculos – atrás. Para ser um campeão, as características têm de expressar o padrão estabelecido pela raça e contribuir para o aperfeiçoamento constante de cada vocação.

– O trabalho de melhoramento animal busca o aumento da produção e da produtividade em carne ou leite e em relação ao meio em que se vive. Procura eficiência. Se for um cavalo, vamos querer resistência, força e funcionalidade – observa o professor do departamento de zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e jurado de bovinos, José Fernando Piva Lobato.

Assim, o cavalo crioulo precisa ter uma morfologia equilibrada para reproduzir nas pistas do Freio de Ouro as exigências no cotidiano da lida com o gado. Se a vocação for produzir leite, as qualidades do úbere são decisivas. Nos ovinos tipo carne, o porte tem de ser avantajado, sem parecer obeso. Da mesma forma, bovinos de corte devem demonstrar características que indiquem rendimento de carcaça e ganho de peso precoce para levar à mesa cortes macios e saborosos.

O evento, que se inicia com o desafio de transformar a excelência genética em um novo recorde de vendas, ocorrerá de 27 de agosto a 4 de setembro, em Esteio (RS).