Exportações brasileiras de carne suína cresceram em julho
As exportações brasileiras de carne suína cresceram em julho - 26,8% frente a junho e 15,7% em relação a julho/12 -, totalizando 43,5 mil toneladas e mostrando sinais de recuperação do setor. A melhora nas vendas externas, favorecida pela retomada das compras da Ucrânia, alivia parte dos estoques que vinham se acumulando nas câmaras de frigoríficos nacionais. Segundo pesquisadores do Cepea, esse fator somado à menor oferta de animais para abate em algumas regiões têm elevado as cotações internas do suíno vivo e da carne. O movimento de alta começou no final de julho em algumas regiões, com os aumentos mais expressivos ocorrendo nos mercados independentes de São Paulo e de Minas Gerais. A oferta de animais com peso ideal para abate está restrita, porque, quando os preços do suíno vivo estavam em queda, produtores de São Paulo tiveram que vender quantidade maior de suínos para fazer caixa. Neste momento, os animais que continuam nas granjas ainda estão leves, limitando o volume ofertado.
Entre 1º e 8 de agosto, o Indicador do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ subiu 10,6% em Minas Gerais, com o quilo do animal passando para R$ 3,24, em média, nessa quinta-feira. A valorização ocorreu principalmente após o fechamento da Bolsa de Comercialização na quinta, dia 1º. Em São Paulo, os aumentos já vinham ocorrendo especialmente desde o dia 26 de julho. Nos últimos sete dias, o Indicador do estado apresentou alta de 7,2%, com o preço médio pago pelo suíno a R$ 3,12/kg na quinta.
No Sul do País, a valorização mais expressiva em sete dias, de 7,6%, foi observada no Paraná, onde o quilo do vivo passou a ser comercializado a R$ 2,70, em média, nessa quinta. Em Santa Catarina, o preço médio pago ao produtor subiu 2,4% no período, indo para a média de R$ 2,54/kg. Apenas no Rio Grande do Sul, houve queda pontual de 0,4% em igual comparação, com o suíno cotado a R$ 2,44/kg na quinta.
No atacado da Grande São Paulo, a carcaça comum suína valorizou 6,7% entre 1º e 8 de agosto, com o quilo passando para R$ 4,68 nessa quinta-feira. O preço da especial subiu mais ainda, 9,5% no período, para R$ 4,94/kg.