Governo do Rio Grande do Sul avalia redução de ICMS sobre etanol
Objetivo é tornar economicamente sustentável a produção do combustível
Para tornar economicamente sustentável a produção de etanol no Rio Grande do Sul, as secretarias da Fazenda e do Desenvolvimento do Estado devem trabalhar em um estudo que medirá o impacto do ICMS sobre a produção do combustível. O resultado, segundo o secretário do Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Estado, Mauro Knijnik, deve estar pronto em cerca de um mês.
O documento irá para a mesa de discussão com representantes da nova empresa formada pela Petrobras Biocombustíveis e BSBios, que anunciaram a joint venture na sexta, dia 1º. E servirá de base para que seja possível fazer o planejamento da produção de etanol no Rio Grande do Sul.
– O governo tem o maior interesse na produção do combustível aqui. Hoje, 98% do etanol consumido no Rio Grande do Sul é importado de outros Estados – analisa Knijnik.
Para o combustível à base de cana-de-açúcar ser produzido no Estado, precisará enfrentar, além do clima rigoroso para o canavial, os impostos. Atualmente, o ICMS para o combustível é de 25% no Rio Grande do Sul, contra 12% em São Paulo, por exemplo.
Enquanto o investimento não se inicia, na espera de variedades de cana-de-açúcar geneticamente modificadas, em desenvolvimento pela Embrapa, a nova empresa deve apostar no aumento da capacidade de produção de biodiesel.
– Nossa maior preocupação é com a qualidade e produtividade da cana-de-açúcar em relação aos outros Estados, para que possamos abastecer o mercado do Rio Grande do Sul – explicou o presidente da Petrobras Biocombustíveis, Miguel Rossetto.