Indústria de suínos do Rio Grande do Sul pede medidas fortes contra a Argentina
Mendes Ribeiro Filho informou ainda que o país vizinho quer reduzir a cota para 2,5 mil toneladas por mês
A indefinição sobre a reabertura do mercado argentino para a carne suína brasileira preocupa a cadeia produtiva gaúcha. Em manifestação durante a abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto, São Paulo, nessa segunda, dia 30, o ministro da Agricultura afirmou que os argentinos romperam acordo bilateral que previa uma cota de 3,5 mil toneladas por mês.
Mendes Ribeiro Filho informou ainda que o país vizinho quer reduzir a cota para 2,5 mil toneladas por mês. Além disso, exigem contrapartidas do Brasil. O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips) pede uma solução rápida para o caso. Rogério Kerber espera que o governo Brasileiro responda aos argentinos da mesma forma que o Brasil foi tratado.
– O setor espera, por parte do governo brasileiro, que tem sido paciente, articulador e negociador, que, a partir de agora, se isso não se definir, que tome as medidas na mesma intensidade que foi tomada por parte do governo argentino – enfatiza Kerber.
As barreiras impostas pela Argentina iniciaram em fevereiro. Só o Rio Grande do Sul responde por 45% do total das exportações de carne suína para o país vizinho. Em 2011 foram exportadas pelo Estado 3,5 mil toneladas, com faturamento médio de US$ 10,5 milhões.