Mercado está sendo abastecido pelas importações e influenciado pela proximidade da colheita do Paraná

Devido à ocorrência de chuvas mais regulares nas últimas semanas, boa radiação solar e a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, realizada com mais frequência pelos produtores, o aspecto geral da cultura está se normalizando, porém, ainda denota atraso na sua evolução.

 

Atualmente, a cultura encontra-se em pleno perfilhamento, com apenas 2% das lavouras em início de floração. Em termos de comparação, na safra passada esse percentual alcançava, nesta época, 6%. Esta fase está sendo beneficiada pelas temperaturas frio/amenas, ocorridas no período.

 

Entretanto, em algumas regiões, como nas Missões, por exemplo, houve grande amplitude térmica, passando de manhãs relativamente frias a tardes com temperaturas mais elevadas. Essa situação tende a predispor a planta à incidência de doenças fúngicas, fato que leva o produtor a intensificar o controle e o monitoramento das lavouras.

 

Preço

 

No momento, o que está preocupando os triticultores é o preço, que continua em queda e sem liquidez, pois o mercado está sendo abastecido pelas importações e influenciado pela proximidade da colheita do Paraná. Na semana, a saca de 60 quilos teve nova queda no preço médio pago ao produtor, com a mesma passando para R$ 27,62, menos 1,07% em relação ao preço anterior.

 

Agora, os valores do trigo negociado no Paraná também estão abaixo do mínimo estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a safra 2014/15 para o trigo pão, tipo 1, de R$ 33,45/saca 60 quilos, na região Sul do País. Segundo dados do Cepea, as médias da sexta-feira, 15, nas regiões oeste, norte e sudoeste paranaenses fecharam a R$ 33,21, R$ 32,92 e R$ 32,70/saca de 60 kg, respectivamente.

 

Vale lembrar que, há algumas semanas, os valores também estão abaixo no mínimo estipulado pelo CMN nas praças sul-rio-grandenses de Passo Fundo e de Ijuí, o que tem preocupado triticultores nacionais.

 

Fonte: Cepea