Milho já rende 40% mais que soja no RS
Preços, clima, potencial de exportações e alta produtividade tornam milho a opção mais atrativa
A rentabilidade do milho já é 40% maior do que a da soja no Rio Grande do Sul, o que faz da cultura a mais atrativa na região. Até quem estava a muitas safras sem plantar milho, mas apostou na maior lucratividade do cereal, comemora a recuperação do mercado. E, segundo a Abramilho, o estado já recuperou a área de milho que vinha perdendo espaço nos anos anteriores.
O milho está com um potencial produtivo muito alto, quase o dobro de dez anos atrás. Há propriedades em que mesmo lavouras de sequeiro, sem irrigação, estão sendo produzidas mais de 150 sacas por hectare.
O clima na região também tem se mostrado mais propício ao milho, no norte do estado, as chuvas têm sido regulares na primavera e são registrados muitos veranicos no final de fevereiro e em março, favorecendo o milho e prejudicando a soja.
A possibilidade de fazer safrinha depois da colheita também motiva o plantio. Também a rotação de culturas permite uso de defensivos diferentes entre elas. Na milhocultura pode-se usar herbicidas de princípio ativo diferente dos usados na soja, eliminando as ervas daninhas invasoras.
O entusiasmo com os resultados do milho também ajuda a pensar no futuro da cultura. No Rio Grande do Sul há um grande potencial de irrigação de lavouras, esse é o desafio para crescer a área e a produtividade no estado.
Em relação às exportações, o potencial produtivo gaúcho é ainda maior. O Rio Grande do Sul importa etanol de outros estados a custos altos, mas isso pode não ser necessário em alguns anos.