Com as altas temperaturas registradas nos últimos dias, é possível observar casos de estresse térmico nas propriedades de leite da região. Esta época é difícil produzir leite, mesmo para os produtores experientes que já tem planejamento e ações para reduzir os efeitos do calor.

Segundo o médico veterinário da COTRIFRED, Thiago Cantarelli as vacas sofrem o estresse térmico, principalmente, quando a temperatura ambiente passa dos 25ºC e há um aumento da umidade relativa do ar. “O produtor deve estar atento para minimizar este efeito com um manejo correto, promovendo conforto e bem estar animal” complementa Cantarelli.


Estudos comprovaram os efeitos negativos sobre a fertilidade (aumento da mortalidade embrionária, aumento da retenção de placenta), a mastite (aumento da frequência de casos e aumento da CCS) e a imunidade.

Para o técnico agrícola, Selmar Reis, responsável pelo setor de Leite da COTRIFRED, para prevenir os efeitos do estresse térmico, é necessário que o produtor tenha um ambiente mais confortável e fresco para os animais. “Com as altas temperaturas é necessário que as vacas tenham água fresca, em quantidade, durante todo o dia, em especial para após a saída da ordenha”, ressalta Reis.

Outras dicas para melhorar a temperatura do corpo dos animais é dispor de sombras, ventiladores e aspersores, distribuir a dieta com maior frequência, principalmente nos horários mais frescos e fornecer a dieta no cocho de alimentação um maior número de vezes irá estimular o consumo.

Reis destaca ainda que além das vacas em lactação, é necessário cuidar e controlar o estresse térmico das vacas secas e das novilhas. “Apesar destes animais não consumirem grandes quantidades de alimento como as vacas em lactação, eles também sofrem os efeitos negativos do calor,” finaliza o técnico.