Os agricultores gaúchos têm enfrentado dificuldades na semeadura da safra de grãos.

Os agricultores gaúchos têm enfrentado dificuldades na semeadura da safra de grãos. Segundo o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, as condições meteorológicas ocorridas até o momento estão dificultando a implantação das lavouras, como, por exemplo, as de arroz situadas do Centro para o Oeste do Estado, onde as chuvas dos últimos dias foram mais intensas e persistentes. Já do Centro para o Leste do estado, o plantio pôde ser efetuado sem maiores problemas, uma vez que a umidade se mostrou menor, facilitando a entrada das máquinas nas lavouras. O percentual de área semeada com arroz atinge, no momento, 15% do total projetado para esta safra, oito pontos percentuais a menos quando comparado à média dos últimos anos. 

O feijão da primeira safra foi outra cultura que teve o plantio retardado em função das condições meteorológicas adversas, principalmente no Noroeste do Estado. Em termos gerais, o percentual de área semeada chega a 15% do total de 48,6 mil hectares projetados para esta safra. Esse avanço foi verificado principalmente no Centro e na Serra, onde as chuvas não foram tão intensas. As lavouras recém-plantadas não enfrentam dificuldades na germinação.

Nas áreas semeadas com milho, situadas no Oeste do Estado, as altas precipitações podem ter causado a perda de boa parte da adubação nitrogenada efetuada recentemente, diminuindo a eficiência da mesma. Isso poderá acarretar um aumento nos custos de produção devido à necessidade de reaplicação desses insumos. Apesar disso, se comparado ao ano passado, o plantio desta safra se encontra à frente, atingindo, no momento, 58% da área prevista. 

Culturas de inverno
A canola encontra-se na fase de enchimento dos grãos e maturação, havendo a incidência de doenças fúngicas e bacterianas, necessitando de controle químico. As últimas chuvas ocorridas danificaram as lavouras, causando o acamamento das plantas. Em algumas lavouras, observa-se queda na produtividade, que atualmente está estimada em 1.400 kg/ha.

Devido ao clima, os triticultores estão aumentando o número de aplicações de fungicidas com o objetivo de controlar ferrugens e doenças das espigas, fazendo com que os custos de produção desta safra, segundo produtores e técnicos, sejam mais elevados em comparação aos do ano passado. Além disso, as chuvas excessivas registradas em regiões importantes prejudicaram muito a cultura, pois provocaram o acamamento das plantas em alguns casos, o que aumentou a ocorrência de doenças e a perda de qualidade dos grãos, principalmente nas áreas que já estão prontas para a colheita. O percentual de lavouras que se encontra nessa fase atinge 8% do total. Outros 65% estão em fase de formação de grão, tendo ainda 20% em floração e 7% em desenvolvimento vegetativo.

Fruticultura

Na Serra gaúcha, aproxima-se o final da colheita da principal variedade de citros cultivada na região, a bergamota montenegrina. As plantas estão com elevada carga de frutos, os quais apresentam calibre mediano e bom aspecto, estando isentos de danos causados por pragas e moléstias. Segue em ritmo acelerado a colheita das variedades de laranja de umbigo tardia, como a nave late e a monte parnaso. Não foram registradas ocorrências da mosca das frutas – a praga mais temida pelos fruticultores – nas armadilhas de monitoramento.

Apicultura
As condições climáticas - chuvas fortes e temperaturas amenas - foram consideradas ruins para o desenvolvimento da apicultura. Os produtores continuam revisando as colmeias, preparando-as para o período de produção, ou seja, trocando favos velhos e com problemas (tortos, mofados ou com alvéolos de zangões) por cera laminada e retirando os redutores de alvados para aumentar a ventilação das colmeias. De modo geral, os enxames apresentam boa população de abelhas, mas com pouca reserva de mel.

Fonte: http://www.emater.tche.br/site/noticias/detalhe-noticia.php?id=20277#.VDwOnvldVx0