Produção de grãos no Brasil deve ter aumento recorde de 8,6% na safra 2012/2013, estima Conab

 

Posição atual das lavouras é de desenvolvimento e floração

 

A produção nacional de grãos para o período 2012/2013 deve chegar a 180,41 milhões de toneladas, de acordo com o quarto levantamento divulgado nesta quarta, dia 9, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).  O volume representa um aumento recorde de 8,6% ou 14,23 milhões de toneladas a mais do que a safra passada, que foi de 166,17 milhões.

A posição atual das lavouras é de desenvolvimento e floração. A normalização das chuvas e o bom comportamento climático são fundamentais para a manutenção do desenvolvimento das culturas.

A soja se destaca como o produto de maior produção, com um aumento de 16,28 milhões de toneladas, atingindo 82,68 milhões de toneladas frente ao último estudo. Já o milho primeira safra cresce 863,5 mil toneladas, chegando a 34,73 milhões, totalizando com o segunda safra 72,19 milhões de toneladas. E o feijão primeira safra aumenta 58,9 mil toneladas e chega, juntamente com as demais safras, a 3,32 milhões de toneladas.

Área
A área atual cultivada é de 52,01 milhões de hectares, registrando um aumento de 2,2% ou 1,13 milhão de hectares se comparado à safra passada. A área da soja é também a maior e apresentou um crescimento de 9,2% ou 2,31 milhões de ha frente ao período 2011/2012, quando foram cultivados 25,04 milhões de hectares.

Culturas:

Algodão
A produção de algodão em pluma na safra 2012/2013 deve diminuir 23,1%, passando de 1,877 milhão de toneladas em 2011/2012 para 1,443 milhão de toneladas na safra atual. A redução da produção é atribuída, entre outros fatores, à acentuada retração dos preços, às estimativas de custos de produção elevados e aos melhores preços de mercado das commodities concorrentes (milho e soja).

Segundo a Conab, o quadro de suprimento para o ano de 2013 deve ficar cada vez mais ajustado. A oferta total do produto (estoque inicial + produção + importação) é de 1,968 milhão de toneladas, enquanto a demanda total (consumo interno + exportação) está projetada em 1,567 milhão de toneladas, resultando em um volume de estoque de passagem de aproximadamente 400 mil toneladas, ou seja, inferior em 17,4%, se comparado a 2011.

Milho 
A produção nacional de milho para a safra de verão 2012/2013 deve alcançar 34,73 milhões de toneladas, representando um incremento de 2,5%, comparado com o período anterior. Considerando a segunda safra, ou safrinha de inverno, o total da produção do cereal pode ser de 72,19 milhões de toneladas (-1,1% ante 2011/2012).

Técnicos observam que as lavouras de milho perderam espaço para a soja em todos os Estados onde ocorreu competição por área, com exceção de São Paulo, Bahia e Distrito Federal. A Conab pondera que, no Rio Grande do Sul, lavouras de milho, principalmente em algumas regiões mais afetadas pela seca, devem ter sua produtividade comprometida.

Arroz
A produção nacional de arroz deve atingir 12,06 milhões de toneladas na safra 2012/2013, aumento de 4% em relação ao período anterior (11,60 milhões de toneladas). O bom desempenho é resultado da expectativa de melhoria generalizada nos níveis de produtividade, segundo técnicos da Conab.

A expectativa de aumento na produção deve-se em grande parte aos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde as condições da lavoura estão excelentes e irão contribuir com aproximadamente 75% da oferta nacional.

Feijão
A produção de feijão na primeira safra 2012/2013 deve aumentar 4,8%, passando para 1,294 milhão de toneladas, em comparação com 1,236 milhão de toneladas em 2011/2012. O aumento na produção deve ocorrer em decorrência da expectativa de um quadro climático mais favorável em todas as regiões de produção da leguminosa.

Na região Sul, a cultura, que sofreu uma forte competição por área, encontra-se em avançado estágio de desenvolvimento vegetativo. Segundo os pesquisadores, nessas áreas já se observa um importante porcentual colhido, chamando a atenção para os níveis de produtividade alcançados que serão substancialmente mais elevados do que os obtidos no período anterior.

Fonte: Conab