Produtores do Sul do país reclamam do acesso ao crédito do Plano Safra da Agricultura Familiar

Agricultores estão preocupados com endividamento do setor

Apesar do reconhecimento dos avanços no Plano Safra da Agricultura Familiar, os produtores do Rio Grande do Sul ainda estão preocupados com o acesso ao crédito. Um dos principais motivos é o endividamento do setor. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do RS (Fetag), Élton Weber, informa que, mesmo com o acordo feito no final de junho após protestos dos agricultores, os bancos não estão cumprindo a resolução referente aos pagamentos de créditos emergenciais. Ele destaca que a prioridade é resolver a questão e facilitar o acesso dos agricultores ao financiamento.

– Não aconteceu, de fato, junto aos agentes financeiros, aquilo que havíamos combinado. O Plano Safra é importante, algumas coisas precisam ser melhoradas, mas precisamos, agora, conseguir que todos os agricultores que estão com este problema possam acessar o Plano Safra. Essa é a primeira tarefa que temos pela frente – avalia.

O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar dos Três Estados do Sul (Fetraf-Sul), Roberto Balen, salienta que a negociação das dívidas dos pequenos produtores é um dos pontos principais da pauta dos movimentos sociais. Ele não descarta a retomada das mobilizações caso não haja solução para o problema.

– Os movimentos cobraram da presidência da República este tema. Semana que vem teremos negociação em Brasília com os ministros, dentro de um grupo de trabalho. Não havendo avanços nas negociações, vamos retomar as mobilizações no final deste mês e no início de agosto para garantir avanço nas negociações – avisa.

O lançamento oficial do Plano Safra da Agricultura Familiar foi feito no início da tarde dessa terça, dia 12, em Francisco Beltrão, no Paraná. Os recursos disponibilizados para esta safra são de R$ 16 bilhões, o mesmo volume do período anterior. A novidade é a criação de um programa de preços mínimos, com investimentos de R$ 300 milhões. O objetivo é assegurar renda ao produtor.

Fonte: RÁDIO GAÚCHA COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL / Nestor Tipa Júnior