Quantidade de alimentos no mundo preocupa população que cresce mais a cada ano
Cálculo da ONU aponta que nesta segunda, dia 31, o planeta deva atingir a marca de sete bilhões de habitantes
Nesta segunda, dia 31, o planeta deve atingir a marca de sete bilhões de habitantes. O cálculo da Organização das Nações Unidas (ONU) traz uma série de preocupações, principalmente quanto à quantidade de alimentos disponíveis no mundo.
De acordo com a dona de casa Nilva Fraga, ter estoque de comida é cada vez mais difícil.
– Sempre a gente vem com o dinheirinho e nunca dá para levar a mesma coisa que a gente levava, sempre diminui – aponta Nilva.
O preço é apenas um dos motivos. Em um planeta com sete bilhões de pessoas, produzir comida e fazer com que ela chegue até toda essa gente parece um desafio muito maior.
No entanto, a quantidade de comida não é o problema. Segundo a ONU, para a agricultura e a alimentação, o que se produz é suficiente para 12 bilhões de pessoas, quase o dobro dos sete bilhões atuais. Só o Brasil tem potencial para produzir alimentos para boa parte do planeta.
Os produtores já começam a planejar o futuro com sete bilhões de pessoas. De acordo com o produtor rural Ermindo Gayer, o mercado exige.
– A exigência é grande, então tem que se produzir cada vez melhor, com menos agrotóxico, fazer uma produção mais sadia, tanto pra quem consome quanto para a gente que trabalha com a agricultura também – aponta Gayer.
Segundo o produtor rural Cilberto Mauer Witi, o freguês exige cada vez mais produtos melhores e mais bonitos e quem vende precisa ir atrás disso. Segundo ele, para melhorar a produção os agricultores trabalham com adubação orgânica com esterco de galinha que gera um resultado melhor que o adubo químico.
O aposentado Adão Nunes acredita que quem produz os alimentos precisa se preocupar com a saúde de quem consome, usando menos agrotóxicos.
– Não adianta eu me alimentar e depois ter que tomar remédio pra evitar aquele problema que eu adquiri através do alimento, mas tendência do mundo é boa. Eu acredito que se todo mundo pegar junto, não tem problema – disse o aposentado.