Receita com exportação de carne suína aumenta 15%
As exportações brasileiras do produto aumentaram 22,54% em julho, ante igual período de 2011
No acumulado do ano, as vendas brasileiras de carne suína somaram 313.025 toneladas, um crescimento de 3,32%, ante os sete primeiros meses de 2011. Em receita, o Brasil também saiu-se melhor em julho deste ano em relação a julho do ano passado. Faturou US$ 108,27 milhões, um aumento de 15,36%. Já nos sete primeiros meses de 2012, o valor das vendas externas de carne suína foi de US$ 795,62 milhões, uma queda de 4,04% na comparação com o mesmo período de 2011.
O acordo entre o Brasil e a Argentina, realizado no final de julho, permitiu a retomada das vendas de carne suína brasileira ao mercado vizinho. Em julho, o país embarcou 2.662 toneladas para a Argentina, uma queda de 5% na comparação com julho de 2011.
O acordo bilateral assinado pelos dois países prevê a manutenção dos volumes de 2011. Os índices mais baixos são decorrentes do tempo para a emissão da documentação necessária e a efetiva exportação, que está mais demorado por causa da instabilidade causada pela parada de compras de carne suína brasileira pela Argentina.
A retomada dos embarques contribuiu para que as exportações brasileiras de carne suína aumentassem 22,54% em julho, ante igual período de 2011, totalizando 44.242 toneladas.
Já a Rússia manteve sua participação tradicional, mesmo com o embargo que dura mais de um ano, e liderou o ranking dos compradores da carne suína brasileira. O Brasil vendeu para o mercado russo 11.854 toneladas ante 3.983 toneladas em julho de 2011. O aumento foi de 198%.
“O embargo aos três estados – Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso – permanece. Continuamos aguardando o resultado da recente missão veterinária russa que visitou seis estabelecimentos de suínos no RS, SC e PR. A recente polêmica veiculada pela imprensa, sobre eventual exigência referente à utilização ou não do fármaco ractopamina, não preocupa, pois o Brasil já tem protocolo de produção segregada, podendo atender a este tipo de exigência com facilidade. Continuamos com expectativa positiva”, afirma Pedro de Camargo Nato, presidente da Abipecs.
Os principais mercados para a carne suína brasileira, em julho, além da Rússia, foram: Hong Kong, Ucrânia, Angola, Argentina e Singapura. No acumulado do ano, em primeiro lugar no ranking encontra-se Hong Kong, seguido de Ucrânia, Rússia, Angola, Singapura e Uruguai.
O preço médio da carne suína caiu 5,86% em julho, em relação a julho de 2011, passando a US$ 2.447 a tonelada. No acumulado do ano, o preço médio caiu 7,13%, passando de US$ 2.737 a tonelada para US$ 2.542.