Relatório do USDA mostra redução nas lavouras boas e excelentes de soja e milho
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgou nesta segunda, dia 26, um novo relatório de acompanhamento da soja e do milho, mostrando redução no número de lavouras com condições de boas a excelentes. Na semana passada, o USDA mostrava que 62% das lavouras de soja estavam de boas a excelentes, o relatório desta segunda reduziu o número para 58%. para o milho este número passou de 61% para 59%.
A formação de vagens na soja está em 24%, no mesmo período do ano passado, estava em 95%; já a floração está em 96%, um pouco menos do que no ano passado, quando estava em 99%. Para o milho, os números também apresentam declínio. A formação de grãos está em 70%, abaixo do índice de 97% registrado no mesmo período do ano passado; e a formação de dentes tem a redução de desempenho mais drástica em relação a 2012: 23%, ante 73% na safra anterior.
Segundo o consultor da Safras & Mercado Flávio França Jr, o tempo quente e a perspectiva de safra estão fazendo com que os preços subam neste momento, tanto para a soja quanto para o milho. Segundo os meteorologistas, não há previsão de chuva nos Estados Unidos, mas o consultor lembra que os produtores precisam ficar atentos a esse clima para saber como deve ficar as especulações em torno dos preços
Os Estados Unidos está há 15 dias sem chuva, e o impacto do clima nas lavouras americanas já repercutiu no Estado de Mato Grosso. As vendas, que estavam travadas nas últimas semanas, reagiram e abriram esta segunda com operações de compra e venda mais firmes. Os contratos futuros para entrega em fevereiro de 2013 estão na cada dos R$ 50 por saca de soja, com tendência de alta. Há 30 dias, o valor não passava de R$ 44 e a tendência era de queda.
Diante deste cenário, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), prevê que os produtores deverão investir na ampliação da área plantada, mesmo com a ameaça de perdas com pragas como a lagarta helicoverpa. A área de soja no Estado deve crescer 500 mil hectares, o que faria o plantio chegar a 8,3 milhões de hectares na safra que começa nos próximos meses.
– A gente sabe que o USDA é muito conservador quando lança seus números, temos que ficar bem atentos. Mas também precisamos lembrar que temos problemas internos nos preocupando, como a lagarta helicoverpa. Precisamos de registros de novos produtos, nem que sejam emergenciais, para resolver esses problemas com a helicoverpa, a ferrugem e a mosca branca – disse Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato).