Valor do produto também ultrapassou o índice geral de preços da FAO
Em julho, o Índice FAO de Preços dos Alimentos recuou pelo quarto mês seguido, registrando média de 203,9 pontos (2002/04 = 100), valor 4,4 pontos (ou 2,1%) inferior ao do mês anterior e 3,5 pontos (ou 1,7%) abaixo do nível de julho de 2013.
As carnes continuaram em sentido oposto. Obtiveram aumento pelo quinto mês consecutivo, alcançando 204,8 pontos, 3,7 pontos (1,8%) acima do valor de junho e 25,4 pontos (14,1%) mais que no mesmo mês do ano passado.
Porém, o detalhe mais importante é que também ultrapassaram – ainda que por pequena margem (+0,85 pontos) – o índice geral de preços da FAO. E isso não ocorria há quase 100 meses, isto é, desde setembro de 2006. Aliás, nesse meio tempo, o preço médio das carnes chegou a ficar mais de 70 pontos abaixo do índice geral.
Conforme a FAO, o principal determinante da valorização das carnes no mês foi a forte alta da carne bovina observada na Austrália, onde a necessidade de reposição do rebanho acabou afetando o disponível exportável enquanto, do outro lado, persistia forte demanda asiática, em especial por parte da China.
Mas as carnes de frango e ovina também contribuíram para essa valorização, somente a carne suína apresentando ligeira queda em relação a junho passado, mês em que seus preços alcançaram recorde histórico.